Retrospectiva 2024: relembre os principais acontecimentos políticos
Plano de golpe de Estado, indiciamento de Bolsonaro, prisão do general Braga Netto, atentado contra o STF e eleições municipais foram os destaques de um ano conturbado
Por: O Dia
Publicado em: 31/12/2024

Relembre os principais acontecimentos políticos do ano
Montagem
O ano de 2024 foi marcado por uma série de eventos políticos no Brasil. Desde a Cúpula de Líderes do G20, a prisão do general da reserva Braga Netto, e os três indiciamentos do ex-presidente Bolsonaro, o cenário político foi palco de reviravoltas e momentos decisivos. Relembre esses e outros marcos que definiram este ano.
- Eleições Municipais
As eleições municipais que ocorreram nos dias 6 (1º turno) e 27 de outubro (2º turno) foram palco de uma série de acontecimentos polêmicos. Durante um debate organizado pela TV Cultura, em 15 de setembro, o então candidato José Luiz Datena (PSDB) protagonizou um dos momentos mais conturbados da campanha eleitoral ao arremessar uma cadeira sobre Pablo Marçal (PRTB).
Na ocasião, Marçal chamou o apresentador de assediador, referindo-se a um processo de 2019 movido por uma ex-jornalista da Band contra Datena. Em seguida, Marçal disse que o adversário "não era homem" para agredi-lo como havia ameaçado há cerca de duas semanas no debate da TV Gazeta. Datena, então, deixou seu púlpito, pegou uma cadeira e a arremessou contra o influenciador.
Mas essa não foi a única polêmica durante as eleições municipais de São Paulo. Outro momento de grande repercussão ocorreu na véspera do primeiro turno, na noite do dia 5, quando o então candidato Pablo Marçal publicou um laudo falso atribuído a Guilherme Boulos (PSOL), alegando um surto psicótico grave, delírio persecutório e tendências homicidas após o uso de cocaína.
- Supremo Tribunal Federal
O Supremo Tribunal Federal (STF) protagonizou momentos importantes ao longo de 2024. Um deles gerou muito burburinho nas plataformas digitais. Em 30 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes mandou suspender a rede social X (antigo Twitter) após a empresa não obedecer a uma ordem do ministro de instituir um representante legal no país. Cerca de 40 dias depois, após cumprir a decisão de Moraes, o X voltou a funcionar no Brasil em 8 de outubro.
No início do ano, o Supremo Tribunal Federal também passou por uma importante mudança. Com a aposentadoria de Rosa Weber, Flávio Dino tomou posse em 22 de fevereiro. Até então, Dino ocupava o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Lula. Com a saída de Dino, o posto foi assumido pelo ministro aposentado do STF, Ricardo Lewandowski.
- Operação Tempus Veritatis e Operação Contragolpe
Ainda em fevereiro, a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Tempus Veritatis, que tinha como alvo ex-ministros, aliados políticos e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O objetivo era investigar uma organização criminosa acusada de atuar em tentativas de golpe de Estado e a subversão do Estado Democrático de Direito, após as eleições de 2022.
Já em novembro, ocorreu um desdobramento da Tempus Veritatis, que ficou conhecida como Operação Contragolpe. Em um relatório enviado ao STF, a Polícia Federal afirmou que havia um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Militares foram presos pela operação, inclusive o general Braga Netto (PL), ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022.
- Prisão de Braga Netto
O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto, foi preso no dia 14 de dezembro, tornando-se o primeiro general de quatro estrelas detido na era democrática do Brasil. O general é alvo das investigações da Operação Contragolpe, que apura uma tentativa de golpe e o homicídio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF, Alexandre de Moraes.