Príncipe William visita manguezal em Guapimirim
Futuro rei foi à área, administrada pelo ICMBio, com intuito de conhecer projetos de restauração realizados no local
Por: Paula Freitas, Veja
Publicado em: 04/11/2025
O príncipe William foi nesta terça-feira, 4, à área de manguezal de Guapimirim, administrada pelo ICMBio, com intuito de conhecer a biodiversidade e os projetos de restauração realizados no local. O futuro rei se encontrou, ainda, com pessoas da comunidade local que atuam na limpeza e proteção das águas e da vida selvagem, além de ter participado de uma atividade de plantio com os Guardiões locais. Segundo o Instituto Chico Mendes, ao menos 242 espécies de aves; 167 de peixes, sendo 81 marinhas e 86 de água doce; 34 de répteis; e 32 de mamíferos vivem na região.
William também visitou a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. Ele se reuniu com representantes do Ministério do Meio Ambiente e membros da comunidade que trabalham na preservação dos manguezais da área. O príncipe conversou com a chefe do Departamento de Oceanos do Ministério do Meio Ambiente, Ana Paula Prates, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, e o gerente da região sudeste da autarquia, Breno da Silva.
Prêmio Earthshot
A viagem pelo Rio termina com a cerimônia do Earthshot Prize, prêmio ambiental fundado por William, na quarta-feira, 5, no Museu do Amanhã. A decisão por sediar a premiação no Rio marca a primeira vez que a láurea será concedida na América Latina e “reforça o protagonismo do Brasil na agenda climática global”.
O prêmio foi criado em 2020 através de sua Royal Foundation, com o objetivo de incentivar novas ideias para solucionar problemas ambientais. Segundo o príncipe, o Earthshot foi inspirado em uma visita que ele realizou à Namíbia e seu nome é uma homenagem ao projeto “moonshot”, do ex-presidente americano John F. Kennedy, que levou ao pouso lunar em 1969.
Entre os concorrentes do Brasil, estão a re.green, definida pela premiação como “uma extraordinária startup tecnológica brasileira que combate o desmatamento”, e Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), proposta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que foi considerada “a iniciativa financeira florestal mais ambiciosa que o mundo já viu, tornando a preservação mais valiosa do que a destruição”. Neste ano, há quatro finalistas da América do Sul.
“Ser finalista do Prêmio Earthshot na véspera da COP30 é uma honra que ajudará a aumentar a conscientização global sobre esta iniciativa, contribuindo para nossos esforços para garantir investidores públicos e capital privado, bem como divulgar a mensagem para pessoas em todo o mundo sobre a importância vital das florestas tropicais para nossas vidas e economias”, disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, no anúncio.
“É uma oportunidade sem precedentes para finalmente garantir que a preservação das florestas tropicais seja mais valorizada do que sua destruição. Por meio do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, podemos mudar o futuro da conservação das florestas tropicais e fornecer financiamento de longo prazo para aqueles que as protegem”, acrescentou


