Passagem de trem continuará custando R$ 5 para beneficiário da tarifa social, mesmo após reajuste, garante secretário de transportes
Aumento da tarifa cheia de R$ 7,10 para R$ 7,60 entrará em vigor no próximo dia 2 de fevereiro, e tem como base o contrato de concessão, afirma a concessionária
Por: Extra
Publicado em: 03/01/2025

Trens da SuperVia: viagens vão ficar mais caras — Foto: João Vitor Costa / O Globo
A passagem dos trens da SuperVia sofrerá um reajuste de R$ 0,50, passando dos atuais R$ 7,10 para R$ 7,60 — tarifa cheia — , a partir do dia 2 do próximo mês. Mas para o usuário do Bilhete Único Intermunicipal que são beneficiários da tarifa social, concedida aos trabalhadores com renda mensal de até R$ 3.205, 20 nada muda. Esses passageiros vão continuar pagando os mesmos R$ 5 de hoje. A garantia foi dada pelo secretário de estado de Transportes, Washington Reis.
O secretário disse que prepararia ainda nesta quinta-feira um novo decreto prorrogando o benefício e a manutenção do valor, por mais 12 meses. O documento vai ser encaminhado para o governo do estado e a publicação deve sair nos próximos dias, prometeu Reis. O decreto anterior, que prorrogava o benefício, vai expirar no dia 1º de fevereiro, véspera de entrada em vigor da nova tarifa dos trens.
Sobre o aumento da tarifa dos trens, Washington Reis disse considerar injusto, mediante as reclamações dos usuários sobre a qualidade dos serviços. Mas, afirma que se trata de um reajuste contratual, que não é de responsabilidade do governo, e sim concedido pela agência reguladora, no caso a Agetransp, com base nos termos do contrato do serviço.
—Essa é a tarifa contratual e técnica, que não é de nossa atribuição. Já é do contrato. Passa pela agência reguladora. O que passa por mim aqui é a questão da tarifa social e a gente também tem de aumentar. Só que não vamos fazer isso. Vamos manter em R$ 5.
De acordo com a SuperVia, o novo preço foi homologado pela Agência Reguladora (Agetransp). O reajuste, diz a concessionária, tem como base o contrato de concessão firmado com o Governo do Estado, que define o Índice Geral de Preços (IGP-M) acumulado de 12 meses como o índice de correção do valor.
A concessionária explica ainda que o reajuste tarifário previsto em contrato considera custos fixos com a operação que foram fortemente impactados pela inflação, como energia, manutenção dos trens e da via férrea, aquisição de peças e equipamentos importados para reposição nos trens, entre outros.