Homem é preso por invadir Delegacia da Mulher de Nova Iguaçu e ameaçar namorada de morte
Vítima se escondeu quase embaixo dos bebedores da Deam. Gritos de outras mulheres presentes chamaram a atenção dos policiais, que prenderam o homem em flagrante.
Por: G1
Publicado em: 11/03/2025
Um homem de 43 anos foi preso depois de invadir a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) para ameaçar namorada de morte em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na noite desta segunda-feira (10).
Segundo a polícia, ele subiu as escadas da delegacia e ameaçou a mulher: “Se você continuar com o processo vou te matar e chamar os milicianos”.
Acuada, a vítima se escondeu quase embaixo dos bebedores da delegacia.
Outras mulheres que estavam no local começaram a gritar e chamaram a atenção dos policiais, que prenderam o homem em flagrante.
O homem preso também responderá por dano, pois sujou todas as coisas da vítima com mostarda e shoyu, e por injúria e difamação, pois mandou mensagem para o patrão da vítima dizendo que ela tinha um caso com o motorista.
Acusação anterior
Em dezembro de 2006, o mesmo homem foi levado para a mesma Delegacia de Atendimento à Mulher após ser acusado de agredir a então esposa. Ela afirmou que ele fazia uso constante de bebida alcóolica e de entorpecentes, e que era agredida por Jorge Roberto.
A esposa afirmou que, na boate Rio Sampa, foi perguntar quem era a mulher com Jorge estava conversando e recebeu um soco no ombro. Depois de ficarem no local por horas sem se falar, ele ainda a jogou no chão depois de segurar a mulher pelo pescoço e, posteriormente, deu socos na cabeça dela.
Mesmo após 18 anos e 3 meses, o caso segue em andamento na Deam de Nova Iguaçu.
Aumento de casos
De acordo com um levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgado em uma série de reportagens que o g1 começou nesta terça-feira (11), os principais indicadores de violência contra mulheres aumentaram durante o ano de 2024 em todo o estado do Rio de Janeiro.
Segundo o ISP, o número de feminicídios chegou a 107 em 2024. Um aumento de 8% em relação a 2023, quando 99 mulheres foram mortas.