Cineasta Cacá Diegues morre aos 84 anos no Rio
Profissional era um dos fundadores do Cinema Novo
Por: O Dia
Publicado em: 14/02/2025

Cineasta Caca Diegues morre aos 84 anos no Rio
Reprodução do Instagram / ABL
Rio - O cineasta Cacá Diegues morreu aos 84 anos, na madrugada desta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações durante uma cirurgia. A informação foi confirmada pelo perfil da Academia Brasileira de Letras, no Instagram.
O velório do cineasta acontecerá na ABL, no Centro do Rio, neste sábado (15), a partir das 9h. A cerimônia de despedida será aberta ao público. Em seguida, o corpo do diretor será cremado no Cemitério do Caju, na Zona Portuária.
Carlos José Fontes Diegues nasceu em 19 de maio de 1940, em Maceió. Aos seis anos, se mudou para o Rio de Janeiro. Cacá foi um dos fundadores do Cinema Novo, ao lado de Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos, Joaquim Pedro de Andrade, Paulo Cesar Saraceni, Leon Hirszman e outros.
Ele exilou-se na Itália e depois na França, após a promulgação do AI-5, em 1969, durante o regime militar.
Entre os filmes de maior destaque do diretor estão "Xica da Silva" (1976), "Bye Bye Brasil" (1980), "Dias melhores virão" (1989), "Veja esta canção" (1994) e "Tieta do Agreste" (1995), "Orfeu" (1998), "Deus é Brasileiro" (2003) e "O Grande Circo Místico" (2018).
A maioria dos longas que realizou foi selecionada por grandes festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York e Toronto, e exibida comercialmente na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, o que o torna um dos realizadores brasileiros mais conhecidos no mundo.
Em 2024, Diegues precisou se afastar de suas atividades na instituição por mais de quatro meses devido a um problema de saúde. "Na verdade não sei, tive uma espécie de problema no coração, aí fui para o hospital porque comecei a passar mal. Tive que ficar lá para corrigir isso. Comecei a ter quase uns desmaios, vontade de desmaiar, mas não desmaiava. Fiquei preocupado com isso", afirmou ele, em entrevista à "Veja" na época. No mesmo ano, ele foi um dos homenageados do Grande Prêmio Otelo.